quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

JUSTA CAUSA
A oposição está pedindo pra não levar. Mandou para o Supremo um pedido genérico para abrir o sigilo de todos os gastos com cartões corporativos, inclusive os que são feitos em nome da Presidência da República. Pediu pra dançar e levou um carão. Se quisesse mesmo investigar a orgia da cartonagem, era só pedir a quebra total da farra, exceto os casos que envolvem a segurança da República: horário do café, da janta, dos passeios, da trepada dos arapongas do presidente e sua prole. Prole dele, presidente; não dos guarda-costas! Afora isso, não há como não conceder a abertura das contas feitas com as burras públicas. Presidente é funcionário público. É sempre presidente; não tem como deixar de sê-lo(!) um minuto sequer. Não tem direito a privacidade. São quatro - ou oito - anos apenas de uma vida toda para morar no Palácio às nossas custas; para, voar, viajar o mundo todo e até beber, comer, comer e depois fumar um cigarrinho para só então dormir, com o nosso dinheiro. Dormir com o dinheiro, não; dormir com quem bem entender, à custa do nosso dinheiro. Nós é que pagamos tudo. O presidente, todo presidente, é nosso empregado. Não pode esconder nada de nós. Sob pena de ser demitido.
Por justa causa!