quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

BLOCO DOS RICOS
Não há confissão mais explícita, nenhuma verdade mais nua e crua do que a demissão de Matilde Ribeiro, da Secretaria da Igualdade Racial. Ela confessou que usou mal o cartão corporativo e foi parar na rua da amargura. Vai sair fantasiada de ostra no próximo carnaval. Lula, ao demiti-la, sacramentou seus pecados. Dos 13 mil portadores de cartões corporativos, não há – dentre os que usaram o dinheiro maquiado do governo, que não tenham cometido a mesma transgressão. Merecem o mesmo fim. Não é preciso CPI nenhuma para isso. É só uma questão de igualdade no trato desses pecadores agraciados com o cartão corporativo – verdadeira Bolsa-Família do bloco dos ricos aloprados do governo Lula.


PATRIMÔNIO
É uma perda de tempo andarem à cata dos gastos feitos pela família de Lula. Deveriam andar à procura do que foi feito com as compras. Eta oposição bem chinfrim, essa do Brasil.

RUA!
O primeiro, de uma série de 13 mil, a levar um pé nos fundilhos nesse governo deveria ser o chefe da Secretaria de Controle Interno (Ciset) da Presidência, José Aparecido Nunes Pires. Aparecido desapareceu: é dele a obrigação de fazer auditoria na farra dos cartões em órganismos como a Secretaria da Igualdade Racial. Nunca fez, nem vai fazer. Ganha pra não fazer nada. Não tem escapatória: deve ser demitido por dormir nas palhas. Em caso de dúvida, vai pra rua por andar comendo mosca.

AO GOVERNO, COM CARINHO...
Não é que o Brasil tenha começado a trabalhar depois do carnaval. Na verdade, esse movimento todo é só pela volta às aulas. E a mochila e a merenda estão cada vez mais pesadas para os estudantes. Livros, cadernos, agenda, suportam uma carga de 36% de impostos; caneta, lápis, borracha, itens de vestuário, uniforme, nada menos de 45%. Ao todo, a escola custa mais da metade só de impostos.

ARQUEIRA
Já que o Dunga convoca qualquer um, bem que poderia escalar Dilma Roussef no gol da Seleção. Ela defende o impossível: a seriedade dos cartões corporativos.